Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Doces, frituras e refrigerantes terão que ser substituídos por frutas, assados, sucos naturais
Com a sanção do governo à lei que estimula a alimentação saudável e proíbe a venda de produtos industrializados em bares e cantinas das escolas em escolas públicas e particulares do Rio Grande do Sul, os estabelecimentos de ensino passam por um processo de adaptação e readequação. Nesta quarta, o Diário ouviu as 12 maiores escolas particulares de Santa Maria. Dessas, pelo menos quatro já faziam controle do que fica à disposição para venda em seus bares.
Escolas de Santa Maria adaptam as cantinas para oferecer lanches saudáveis
- Neste exato momento (pela tarde), recebo quatro tipos de lanches vindos do pessoal de nossa cantina que estão sendo adequados e deixarão de ser fritos para serem assados. Tudo aquilo que for vendido na cantina é nossa responsabilidade e é claro que nós queremos que as crianças se alimentem somente de produtos saudáveis. Mais do que cumprir uma lei, o mais importante é que nossas crianças cresçam se alimentando de forma correta - disse a irmã Maria Zeni, diretora da Escola Coração de Maria.
Segundo a nova lei, os bares e cantinas têm um período de três meses para a regulamentação. Depois disso, os locais estarão sujeitos a multas que podem variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. Em 90 dias, não poderão ser mais comercializados refrigerantes, frituras, balas, pirulitos, gomas de mascar, biscoitos recheados, sucos artificiais, salgadinhos industrializados ou alimentos com gordura vegetal . Além disso, será preciso ofertar variedades de frutas e sucos naturais.
Cantinas de escolas têm 3 meses para se adaptar à lei que proíbe venda de guloseimas e refrigerantes
O QUE DIZEM AS ESCOLAS
Colégio Sant'Anna - Houve uma reunião entre a direção e a proprietária da cantina para estabelecer como será feita a adaptação na escola, mas ainda não há uma definição sobre o assunto
Colégio Marista Santa Maria - Já incentiva a alimentação saudável, deixando expostos alimentos naturais. Será feita uma reunião para estabelecer como ocorrerá a substituição dos produtos proibidos pela lei. Por enquanto, ainda é feita a venda de refrigerantes e doces
Adventista - A direção informou que a norma da rede determina a venda de, somente, produtos saudáveis
Santa Catarina - A nova lei já é seguida na instituição e refrigerantes, balas e doces não são mais comercializados
Riachuelo - Em Camobi, há uma nutricionista que auxilia na alimentação dos alunos. Ainda é feita a comercialização de refrigerantes e algumas guloseimas, que devem ser retirados de venda nos próximos meses. No Centro, não há cantina na escola. O contrato da cantina existente no local é com o cursinho pré-vestibular onde alunos do colégio também podem comprar
Instituto São José - A escola desenvolve projetos que incentivam a alimentação saudável e já deu início ao processo de adaptação da cantina
Marcopolo - Está trabalhando para se adequar à lei. Alimentos assados são prioridade no bar. No cardápio, já estão incluídos de alimentos naturais e saudáveis
Coração de Maria - Direção e cantina já se reuniram e um novo cardápio está sendo montado. A escola possui ações que visam incentivar a alimentação saudável e buscam se adequar antes mesmo do prazo de três meses
Fátima - Diretoria e proprietários da cantina irão se reunir para definir como farão, mas prometem cumprir as exigências
G 10 - A direção afirma que já trabalhava com alimentação funcional. Balas, doces e frituras não são comercializadas e os refrigerantes serão gradativamente retirados
Medianeira - Já houve diálogo entre direção e dono da cantina para que sejam disponibilizados alimentos saudáveis. A maioria dos lanches vendidos são assados e não comercializam refrigerantes
Providência - Há um trabalho direcionado à alimentação saudável. Frituras e refrigerantes são proibidos. Há um projeto em parceria com a Universidade Franciscana (UFN) para conscientização da importância do consumo de produtos naturais